Cresceu entre telas, esculturas e inventos da sua maior referência, seu pai, o artista Di Branco, figura fundamental, na criação da maior referência de encontros de artistas a céu aberto, no Rio de Janeiro – Feira de Ipanema.
Dos cinco irmãos, seu DNArte, naturalmente, apontou-lhe à direção e, desde então, seu fazer artístico mistura-se aos 50 anos desta carioca. Dos aprendizados em casa, conta que sempre foi estimulada à liberdade do olhar, no entanto, sem abrir mão do compromisso, sem o qual, o fazer artístico não se realiza.
A sua relação com a pintura é latente, facilmente percebida, quando visitamos o seu atelier, na Rua Joaquim Silva, 67 – Lapa. É uma experiência especial, chegar ao espaço, e encontrá-la retocando uma tela ou dedicada à linha de objeto arte, habilidade herdada do seu pai, um criador inquieto.
Quem vai ao atelier, transita por diferentes estilos de pintura.
Durante a pandemia, fez uma incursão pelo abstrato. Atualmente, finaliza uma série de mulheres, referências trazidas das regiões do Norte e do Nordeste do país; “…é pura memória de algum lugar… ” cantou lindamente, o mestre Caetano. Por falar em memória, há uma deliciosa presença “di cavalcantiana” nestas obras.
Quem pensa que termina aí, engana-se. É só um pouquinho para ativar o modo “curiosidade”.
Literalmente, no Atelier da artista Bianca Branco não há espaço para monotonia; tanto assim que, ficamos com a sensação que o “volte sempre” acontecerá com ou sem convite.